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Igualmente diferentes.

Sou negro, sempre tive uma vida simples e também sou baixinho. Este não é um texto divertido, muito menos um desabafo amargurado. É minha contribuição para um debate importante. Já sofri discriminação e preconceito. Lembro-me de situações bem embaraçosas e estas foram frequentes. Por ser muito amado por minha família e passar minha infância e adolescência em igrejas muito especiais, desenvolvi a capacidade de não me abater com situações deste gênero, mas elas existiram, existem e deixam marcas. Desde muito cedo, sou bagunceiro. (confesso) Nunca tive dificuldade em fazer amizades e costumava ser o líder das travessuras. ( Que pena! Já perdi muito da habilidade em manter relacionamentos) Também não sofri muitas decepções amorosas. Mesmo não estando no padrão de beleza, meu jeito de viver costumava me colocar dentro de alguns corações. (O coração da linda Ariane me quis nele. Bom demais morar ali) No entanto, tenho memórias muita claras de conversas, olhares, comentários e circunstâncias que estavam carregadas de discriminação. Não sou o único a ter passado por isto e nem estou tentando transformar minha biografia numa luta por uma causa, no entanto, preciso dizer o que já senti. Só que escolhi não dar ibope para as histórias de rejeição, julgamento, imaturidade e maldade. Prefiro agradecer. Quero agradecer aos professores que tratavam seus alunos sem fazer distinção. Aos colegas de turma que jogavam bola sem analisar posição social. Que davam passes para quem fosse bom, independentemente da cor dos olhos. (Eu sempre gritava. Toca pra mim! Toca! Olha eu aqui.) Obrigado aos meus pais, que nos criaram ensinando o valor da integridade, ética e bondade. Obrigado aos mestres que nos ensinaram que, para Jesus, somos todos iguais e que Ele deu Sua vida para salvar a todos. Obrigado as famílias que um dia me receberam em suas casas. Que riram na mesa. Que me serviram o pão. Que contaram histórias. Que me abraçaram. Que chegaram a me ter como um filho. Obrigado aos escritores que usaram sua pena para tratar deste assunto e nos inspirar a alargar a tolerância. Obrigado a Nelson Mandela, Martin Luther King Junior, Desmond Tutu, Gandhi e a tantos outros líderes mundiais que serviram a humanidade com suas vidas. Não tenho interesse nenhum em discutir se ter o dia da consciência negra é algo bom, ou ruim. Se as políticas públicas realmente são uma boa forma de resolver um problema histórico. Mas declaro que mais do que preconceituosos, minha caminhada foi marcada por gente carinhosa. Sou negro, sou baixinho, não tenho carro, nem janto nos melhores restaurantes. Sou comum. E ser quem eu sou me traz alegrias e desconfortos, assim como acontece com todos. Mas ao olhar para trás, consigo sorrir para aqueles que fizeram cada passo ser muito precioso. Obrigado aos que não enxergam as diferenças como um problema, mas faz disso uma oportunidade para praticar o amor. Jesus sofreu dores e angústias numa cruz solitária. Morreu suspirando palavras de perdão. Ele nos amou de tal maneira que se entregou por nós. Ressuscitou e foi preparar lugar para todo aquele que nele crê. Seu sangue foi vertido por nós. Ele é bom! Amemos uns aos outros, esta é a cura para o racismo e qualquer outra forma de discriminação. Abraço, Grulha

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